Recursos
e Estratégias em Baixa Tecnologia para alunos com TGD.
Na definição de Kanner (1943), crianças com
autismo apresentam uma incapacidade de estabelecer contato afetivo, incapazes
de relacionar-se e apresentam atraso da fala com obsessão à rotina, falta de
imaginação, boa memória e estereotipias diversas. Penso que essa definição de
Kanner é muito importante para desenvolver um trabalho que contemple a
interação professor aluno, pois o autista conhece muito bem o profissional que
atua com ele. Com isso são criados vários recursos e estratégias para
desenvolver as habilidades desses alunos. Benz revela que os recursos são
constituídos por objetos ou equipamentos, por meio dos quais se consegue
transmitir uma mensagem. Segundo classificação de Zaporoszenko e Alencar (2008),
tais recursos utilizados em CA podem ser tanto de baixa quanto de alta tecnologia. Os
de baixa tecnologia podem ser representados por gestos manuais, expressões
faciais, Código Morse e através de signos gráficos. Os signos gráficos podem
ser elaborados por meio da escrita, de desenhos, de figuras (fotos, gravuras, entre
outros) e de símbolos pictórios. A comunicação é considerada ampliada quando o indivíduo possui
comunicação insuficiente através da fala e /ou escrita (por exemplo, há fala
inteligível apenas no núcleo familiar) e, considerada alternativa quando o
indivíduo não apresenta outra forma de comunicação. Um Sistema de Comunicação
Alternativa – SCA refere-se ao recurso, estratégias e técnicas que complementam
modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação
inexistentes. Os Sistemas de Comunicação Alternativa (SCA) podem ser divididos
em recursos de baixa (cartões, pranchas, pastas e outros) e de alta tecnologia
(pranchas vocálicas, sistemas computadorizados com síntese de voz e outros)
(Nunes, 2003).Esses recursos ajudam ao docente e discente na interação
professor aluno para que o aprendizado seja holístico de forma a contemplar
cada habilidades adaptando com a realidade do aluno.
Recursos como as
pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (desenhos
representativos de ideias), letras ou palavras escritas são utilizados pelo
usuário da CA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos. Esta é uma
excelente estratégia para a comunicação entre professor aluno e outros.
A alta tecnologia permite também a utilização de
vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou do computador, com softwares
específicos, garantindo grande eficiência na função comunicativa. Desta forma,
o aluno com deficiência passa de uma situação de passividade para outra, a de
ator ou de sujeito do seu processo de desenvolvimento (Bersch e Schirmer,
2005).
Em suma, todas essas estratégias e materiais
citados para trabalhar com alunos autista propiciam uma melhor organização do
processo ensino aprendizagem.
Referencias:
BEZ, M. R Comunicação Alternativa e TEA. In: Curso de Atendimento Educacional
Especializado. Disciplina: AEE E TGD. 2014
http://www.assistiva.com.br/ca.html:
acessado em 07/06/14 às 14h
http://bengalalegal.com: acessado em 07/06/14 às 14hs
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As pranchas de comunicação são excelentes recursos de baixa tecnologia para serem trabalhados junto aos alunos com autismo, pois além de favorecerem a comunicação nas aprendizagens escolares, também possibilitam a interação com seus colegas nas participações em grupos de trabalhos. Boa escolha!
ResponderExcluirOlá Regiane! Realmente trabalhar com pessoas com autismo requer do professor muitas estratégias em relação a recursos pedagógicos, onde é preciso ter criatividade para fazer com que o aluno desperte para a aprendizagem. Muito bom seu trabalho com pranchas de comunicação que é um recurso com menos custo.
ResponderExcluirCertamente o uso das estratégias transmite confiança para o aluno e segurança para o professor, favorecendo o desenvolvimento da criança em sua capacidades e habilidades, adequando a diferentes situações comunicativas.
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