segunda-feira, 21 de julho de 2014

AEE E SUAS ESPECIFICIDADES

AEE E SUAS ESPECIFICIDADES.

Regiane Gomes de Souza

Segundo (SEESP/MEC, 2008) o AEE é um serviço da educação especial que "[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas". Desta forma a contribuição deste atendimento é de suma importância para desenvolver as habilidades dos alunos com deficiência, uma vez que na sala de aula comum o professor não tem muito tempo para dar uma atenção especifica que o estudante merece.

Com isto o texto “ O modelo dos modelos” de Ítalo Calvinos da ênfase nas possíveis transformações que pode acontecer com o aluno em relação a inclusão, pois o professor deve primeiro observar o aluno para que o mesmo sinta-se parte do grupo, iterando-se das atividades de forma que o docente adapte materiais  almejando uma educação holística. Com isso, deve-se pensar que as pessoas com deficiência são capazes de realizar trabalhos, desde que seja adaptado conforme sua deficiência, não devemos julgar só pela aparência, sabemos que cada um de nós  temos uma habilidade ou criatividade basta esta ser despertada. Por exemplo, uma pessoa cega, tem muito a contribuir para o desenvolvimento coletivo,  este ouve, tem seus membros e suas qualidades, apenas não enxerga.


“Houve na vida do senhor Palomar uma época em que sua regra era esta: primeiro, construir um modelo na mente, o mais perfeito, lógico, geométrico possível; segundo, verificar se tal modelo se adapta aos casos práticos observáveis na experiência; terceiro proceder às correções necessárias para que modelo e realidade coincidam. [..]” ( Italo Calvino). Com isso percebe-se que o AEE tem essa similaridade com o  pensamento de Italo Calvino, onde devemos testar se o estudante se adapta a determinada metodologia ou estratégias realizadas para desenvolver as habilidades da pessoa com deficiência. O docente é a peça fundamental para o pleno desenvolvimento do aluno, pois o AEE requer a autonomia e independência na escola e fora dela, para que os alunos tenham outro olhar, assim como todo corpo administrativo, pedagógicos e outros entendam que uma pessoa com deficiência é capaz de realizar trabalhos em grupo, praticar esporte e outros.
Em suma, o texto de Italo Calvino, faz uma reflexão muito boa sobre a pessoa com deficiência, e que cada um tem suas especificidades.


Referencias:
CALVINO, Italo: Texto “O modelo dos modelos”. Atendimento Educacional Especializado e Metodologia da Pesquisa.

Apostila Projeto Curupira, pagina 28.



sábado, 7 de junho de 2014

Recursos e Estratégias em Baixa Tecnologia para alunos com TGD.

Recursos e Estratégias em Baixa Tecnologia para alunos com TGD.

 Na definição de Kanner (1943), crianças com autismo apresentam uma incapacidade de estabelecer contato afetivo, incapazes de relacionar-se e apresentam atraso da fala com obsessão à rotina, falta de imaginação, boa memória e estereotipias diversas. Penso que essa definição de Kanner é muito importante para desenvolver um trabalho que contemple a interação professor aluno, pois o autista conhece muito bem o profissional que atua com ele. Com isso são criados vários recursos e estratégias para desenvolver as habilidades desses alunos. Benz revela que os recursos são constituídos por objetos ou equipamentos, por meio dos quais se consegue transmitir uma mensagem. Segundo classificação de Zaporoszenko e Alencar (2008), tais recursos utilizados em CA podem ser tanto de baixa quanto de alta tecnologia. Os de baixa tecnologia podem ser representados por gestos manuais, expressões faciais, Código Morse e através de signos gráficos. Os signos gráficos podem ser elaborados por meio da escrita, de desenhos, de figuras (fotos, gravuras, entre outros) e de símbolos pictórios. A comunicação é considerada ampliada quando o indivíduo possui comunicação insuficiente através da fala e /ou escrita (por exemplo, há fala inteligível apenas no núcleo familiar) e, considerada alternativa quando o indivíduo não apresenta outra forma de comunicação. Um Sistema de Comunicação Alternativa – SCA refere-se ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação inexistentes. Os Sistemas de Comunicação Alternativa (SCA) podem ser divididos em recursos de baixa (cartões, pranchas, pastas e outros) e de alta tecnologia (pranchas vocálicas, sistemas computadorizados com síntese de voz e outros) (Nunes, 2003).Esses recursos ajudam ao docente e discente na interação professor aluno para que o aprendizado seja holístico de forma a contemplar cada habilidades adaptando com a realidade do aluno.






Recursos como as pranchas de comunicação, construídas com simbologia gráfica (desenhos representativos de ideias), letras ou palavras escritas são utilizados pelo usuário da CA para expressar suas questões, desejos, sentimentos, entendimentos.  Esta é uma excelente estratégia para a comunicação entre professor aluno e outros.





A alta tecnologia permite também a utilização de vocalizadores (pranchas com produção de voz) ou do computador, com softwares específicos, garantindo grande eficiência na função comunicativa. Desta forma, o aluno com deficiência passa de uma situação de passividade para outra, a de ator ou de sujeito do seu processo de desenvolvimento (Bersch e Schirmer, 2005).
Em suma, todas essas estratégias e materiais citados para trabalhar com alunos autista propiciam uma melhor organização do processo ensino aprendizagem.


Referencias:
BEZ, M. R Comunicação Alternativa e TEA. In: Curso de Atendimento Educacional Especializado. Disciplina: AEE E TGD. 2014
 http://www.assistiva.com.br/ca.html: acessado em 07/06/14 às 14h                              http://bengalalegal.com: acessado em 07/06/14 às 14hs








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sábado, 19 de abril de 2014

Surdocegueira e DMU


Informativo
No que se diferenciam a surdocegueira e a DMU?

 Serpa (2002, p.1) define surdocegueira “Aquele que possui dificuldades visuais e auditiva, independente de sua quantidade”. Sendo uma deficiência única e especial, requer métodos de comunicação especiais para viver com as funções da vida cotidiana.
A surdocegueira é uma limitação que se caracteriza por:
Sérios problemas relacionados com a comunicação com o meio.
Sérios problemas relacionados com a orientação no meio.
Sérios problemas relacionados à obtenção de informação.
A surdocegueira pode ser:

CONGÊNITA: Denomina-se surdocego congênito quem nasce com esta única deficiência, como por exemplo, pela rubéola adquirida no ventre da mãe.

ADQUIRIDA: A surdocegueira adquirida é quando a pessoa nasce ouvinte, vidente, surda ou cega e adquire, por diferentes fatores, a surdocegueira.

São consideradas pessoas com deficiência múltipla aquelas que "têm mais de uma deficiência associada. É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social"
(MEC/SEESP, 2002).
 Deficiência Múltipla Sensorial Vula Maria Ikonomidis (2010, p.6) afirma que “ Muitos indivíduos múltiplos deficientes usam um pouco da fala, vocalizando ou sons e gestos ou comportamentos para se comunicar, mas não de maneira efetiva, por isso se beneficiarão de um sistema alternativo e aumentativo de comunicação
Quais são as necessidades básicas desses alunos?
As necessidades básicas desses alunos é a comunicação com as pessoas no convívio social,na escola etc.. Uma vez que eles têm que desempenhar com maior intensidade as habilidades do tato de forma a conhecer o mundo e as pessoas que os rodeiam. Para Serpa (2002,p.02)” A comunicação entre os seres humanos é um processo interpessoal por meio do qual se estabelecem vínculos com os outros; esta relação é estabelecida de diferentes maneiras e, segundo as possibilidades comunicativas de cada um, pode acontecer com movimentos do corpo, utilizando objetos do ambiente ou desenvolvendo um código linguístico”.

Quais estratégias são utilizadas para aquisição de comunicação?
São várias as formas de se trabalhar com os alunos referentes a forma de se comunicar, uma delas é eles estarem em contato através do tato, onde eles vão conhecer o mundo que está ao seu redor, Serpa sugere “um trabalho que integre a estimulação de todas as entradas multissensoriais e, especialmente a COMUNICAÇÃO, no seu nível principal de interação, recomenda-se trabalhar com a tábua de ressonância, que serve como estratégia de intervenção.” Desta forma os alunos devem ter o contato com materiais adaptados a eles, para que conheça melhor os objetos. Todavia, a semelhança nas estratégias de ensino para as pessoas com surdocegueira e DMU deve partir do concreto para o abstrato e podem fazer uso de gesto para se comunicar.













Autora: Regiane Gomes de Souza.



Referências:

SERPA, Ximena Fonegra, Comunicação para Pessoas com Surdocegueira. Tradução do livro Comunicacion para Persona Sordociegas, INSOR-Colômbia 2002.

Vula Maria Ikonomidis. Deficiência Múltipla Sensorial - 2010,

BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).

domingo, 16 de março de 2014

Pessoas com Surdez


Reflexão sobre Educação de Pessoas com Surdez

A educação escolar de pessoa com surdez vem dando um grande avanço na questão da inclusão, desta forma os professores devem rever suas práticas para atender as especificidades desses alunos, uma vez que o docente também tem que pelo menos ter noção de Libras para ajudar este aluno na sala de aula comum. É importante que a escola se organize para atender a diversidade, ou seja, preparar todos os corpos docentes, pedagógico e administrativo porque a pessoa com surdez em uma escola comum vai precisar se comunicar com todos. A família é fundamental nesse processo para que a comunicação seja em perfeita harmonia.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) vem ao encontro do propósito de mudanças no ambiente escolar e nas práticas sociais/institucionais para promover a participação e aprendizagem dos alunos com surdez na escola comum. Muitos desafios precisam ser enfrentados e as propostas educacionais revistas, conduzindo a uma tomada de posição que resulte em novas práticas de ensino e aprendizagem consistentes e produtivas para a educação de pessoas com surdez, nas escolas públicas e particulares.

Desta forma podemos perceber que a educação inclusiva, tem-se desenvolvido no decorrer destes anos para que o acesso às pessoas com deficiência seja de forma favorável preparando o meio para recebê-las. Com isso para que a educação seja eficiente, é necessário que os professores usem estratégias e melhore suas didáticas possibilitando uma educação de qualidade.
Para pessoa com surdez têm- se três momentos didático-pedagógicos para trabalhar com eles que são: AEE em Libras; AEE de Libras e AEE de Língua Portuguesa estes ajudam no desempenho da pessoa com surdez, melhorando seu desenvolvimento na sala de aula comum.

Referências:
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 04: Pessoa Com  Surdez, p. 7-10.




quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Descrição e Audiodescrição


Descrição e Audiodescrição

 Segundo MOTTA. “A audiodescrição é um instrumento de inclusão cultural, que permite a participação plena de pessoas com deficiência visual em eventos culturais, turísticos, esportivos, pedagógicos e atividades sociais, contribuindo para desconstruir barreiras que, geralmente, mantêm as pessoas com deficiência afastadas e isoladas na sociedade”. Diante disso podemos perceber que existem vários recursos para a inclusão de pessoas cegas e baixa visão, a descrição e audiodescrição podem estar ajudando neste processo. As tirinhas são bem interessantes para que os alunos com DV saibam o que está escrito e os personagens.O professor pode trabalhar com toda turma usando a descrição das tirinhas ou audiodescrição, todavia a aula fica interessante e holística, facilitando ao aluno com DV ouvir o professor.
As tirinhas são um gênero textual muito aceito entre as crianças, pois elas são como as histórias em quadrinhos, ou seja, utiliza-se de quadros para narrar um fato. Quadros estes que contém desenhos e, na maioria das vezes, as falas estão nos balões. Contudo, seu tamanho é menor que as histórias em quadrinhos, sendo algo para uma leitura rápida. O tipo de tira mais popular é a de humor, porém, ela pode ser de qualquer gênero. A seguir apresentarei uma descrição através das tirinhas.


por luzivete viana - adaptado por Blog da Audiodescrição
Fonte: AEE 2013


Legenda: tira cômica, sem título, com a personagem argentina Mafalda, do cartunista Quino.
Descrição: a tirinha colorida, com 4 quadros, mostra Mafalda, uma menininha de aproximadamente 7 anos, com blusa vermelha de gola branca, laço vermelho no cabelo preto com franja, lendo um livro, que está sobre uma mesa redonda. Suas falas estão dentro de balões.
Q1: Mafalda debruçada sobre o livro, com a mão segurando o rosto, lê: Ema vê a mesa da sala de estar.
Q2: Mafalda vira-se para o lado e pergunta: Mamãe, o que é sala de estar?
Q3: Sentada à mesa, com as mãos sobre o livro, ela escuta a resposta: É living. Ela responde: Ah, bom!
Q4: Mafalda, com a testa franzida e debruçada sobre o livro e a mão segurando o rosto, reclama: Afinal, por que eles não escrevem esses livros na língua da gente?

 

Referências:
Tirinha disponível em: 
BRASIL. Nota Técnica, Nº 21. Orientações para descrição de imagem na geração de material digital acessível - Mecdaisy. MEC/SECADI/DPEE, 2012. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10538&Itemid=.
Site: www.blogdaaudiodescrição.com.br, acesso dia 05/12/13 às 13h.
MOTTA, Lívia Maria Villela de Mello; FILHO, Paulo Romeu (Org.). Audiodescrição: transformando imagens em palavras. São Paulo: Secretaria do Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência, 2010. Disponível na opção LIVROS do site: www.vercompalavras.com.br. Acesso em 01/11/2013).